22 de set. de 2010

Viena (3)

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Projeto – 2010 – Mendes e Rosa Maria
Base: Viena - Áustria (18/09 a 22/09/2010) – (080/180)
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Hoje a nossa intenção era fazermos um giro pela cidade de Viena pelo redbus citytours (führichgasse 12/lobkowitzplatz 1 bei der Albertina) de propriedade do Sr. Roland, um brasileiro de Rio Claro-SP. Fazemos este comentário porque ao chegarmos no local de atendimento o mesmo nos informou que no dia de hoje por ser o dia mundial sem carro não valeria a pena fazermos um tour porque muitas ruas estariam bloqueadas, e que a melhor solução seria usarmos o metro e trans da cidade, foi o que fizemos e visitamos o Palácio de Schönbrunn e o Palácio Belvedere.
O Palácio de Schönbrunn, Palácio de Verão construído para Maria Theresa entre 1743-1749, na realidade uma versão reduzida do projeto original. O nome de Schönbrunn provém de “bonita fonte” (Schöne Brunnen, em alemão) aí descoberta no século XVII pelo Imperador Matias Von Eriach que fez um projeto muito ambicioso do Palácio, abandonado quando Maria Teresa o alterou somente para sua residência de Verão para ela, seu marido e seus 16 filhos. Ainda assim tem 1440 quartos.
Quando Maria Theresa morreu, a corte entrou em estado de choque e Schönbrunn permaneceu desocupado. Durante este período o palácio teve, no entanto, um inquilino famoso. Por duas vezes, em 1805 e 1809, Napoleão Bonaparte esteve em Schönbrunn. Não como hóspede, mas sim como conquistador. Foi o período das guerras napoleônicas, e o exército francês havia conquistado Viena.
Em 1814, após a derrota de Napoleão, e novamente sob o domínio dos Habsburg, o palácio sofre novas reformas. Por ordem do imperador Franz I, sua fachada é modificada. O estilo rococó é removido e formas mais sóbrias são adotadas. Por outro lado, Johann Aman, o novo arquiteto, tem idéias avançadas, e sugere ao imperador a adoção de uma marca registrada visual para o palácio. Schönbrunn é então todo pintado na cor amarelo ovo, algo bastante inovador para um palácio imperial. Embora na ocasião tenha sido criticado, a cor permaneceu, e acabou se tornando de fato uma das marcas características do prédio, como desejava Johann Aman.
Em 1830 nasce em Schönbrunn o imperador Francisco José, um dos nomes mais importantes da história da Áustria. Em 1848 ele sobe ao trono. Em 1854 casa-se com Elizabeth, sua prima de 16 anos, a Princesa de Wittelsbach, carinhosamente apelidada de Sissi. A cerimônia é de um luxo e pompa até então nunca vistos na Europa. O palácio novamente entra num período de glória e esplendor.
O império dos Habsburg tem agora uma população de 56 milhões de habitantes, e estende-se pela Áustria, Alemanha, Hungria, Itália, Romênia e Republica Tcheca. Festas, banquetes, eventos sociais e políticos são freqüentes. Diplomatas e governantes de todo o mundo vem à Schönbrunn, conhecer e prestar homenagem ao casal de imperadores que domina metade da Europa.
Francisco José é loucamente apaixonado por Sissi, mas os afazeres de chefe de estado não lhe permitem dedicar-se como gostaria à sua esposa. Ao mesmo tempo, a invejosa aristocracia da corte descrimina e ridiculariza Sissi, devido à sua origem bávara. Não lhe permitem estar com seus filhos, o que a leva a sofrer de profunda depressão e bulimia. Sufocada cada vez mais pelo rígido protocolo imperial, torna-se uma pessoa infeliz. No entanto, depois de uma viagem de tratamento que dura dois anos, ela retorna à Schönbrunn uma nova mulher. Determinada, segura de si, e decidida a assumir a frente dos assuntos políticos de seu império.
Seu interesse a aproxima dos vizinhos Húngaros, que há muito vinham sendo explorados pelos Austríacos. Em 1867 ela é coroada Rainha da Hungria, e suas idéias liberais e republicanas, somadas ao grande carisma a transformam numa das pessoas mais amadas por Austríacos e Húngaros, como se fosse uma Princesa Diana do século 19. O casal de imperadores tem quatro filhos: Sophie, Gisela, Marie Valerie e apenas um filho homem, Rudolf, a quem caberá a responsabilidade de herdar o comando do império Habsburg. Mas o destino tem outros planos.
Rudolf tem um romance com uma plebéia. A família imperial não a aceita, e pressiona o herdeiro para abandoná-la. Desesperado, ele suicida-se em 1889. Franz Ferdinand é o próximo nome da linha de sucessão e é sagrado imperador. Mas em 1914, durante uma visita à cidade de Sarajevo, a bala de revolver de um súdito revoltado tem um efeito tão devastador como só o destino poderia tramar: Tira a vida do jovem imperador e sua mulher, dá início à primeira guerra mundial, acaba com o império, modifica as fronteiras de metade da Europa e põe um ponto final nos 630 anos de dinastia Habsburg.
Com o final da guerra, a República da Áustria é proclamada em 11 de novembro de 1918. Isto significa o fim da dinastia imperial. Daí em diante os Habsburg não seriam mais nada, a não ser figuras da história. Schönbrunn, no entanto, iria permanecer. Hoje, seus novos visitantes encontram nos 1440 aposentos do palácio, tesouros e preciosidades únicas, lembranças de um tempo em que Viena era o centro e capital mais elegante da Europa e lembranças de um tempo em que, nos salões do palácio amarelo, brilhava a estrela de Sissi, Imperatriz da Áustria e Rainha da Hungria.

Palácio Belvedere em Viena é conhecido como um dos edifícios barrocos mais bonitos do mundo. O Palácio do Belvedere foi iniciado em 1714 sob o projeto de Lukas Von Hildebrandt (1688-1745) e compreende o Belvedere Superior (1721-24), destinado a residência do príncipe Eugênio de Sabóia, e o Belvedere Inferior (1714-1716), uma área de lazer. Localizam-se num vasto terreno sobre uma colina nas imediações de Viena e ambos pertencem ao período barroco. O arquiteto é natural de Gênova e passou a sua juventude em Itália. Em 1690 frequentava a oficina de Carlo Fontana em Roma. Em 1696 já se encontrava a trabalhar na corte vienense a pedido do príncipe Eugênio de Sabóia.
O Belvedere é constituído de dois palácios ligados por um jardim em estilo francês, planejado por Dominique Girard. O imenso jardim ocupa três planos interligados por duas elaboradas cascatas.
Situado no ponto mais alto do jardim, o Belvedere Superior tem uma fachada mais elaborada que o Belvedere Inferior.
Hoje a principal função do Belvedere é funcionar como museu que abriga permanentemente a obra de Gustav Klimt e Egon Schiele.

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