O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, é uma obra
aparentemente para criança, mas apenas aparentemente. Para elas, apenas mais
uma história fantástica. Na verdade, a obra é um apelo aos adultos, que se
entregam às preocupações diárias e passam a ver o mundo e as pessoas à sua
volta com frieza e praticidade e não dão valor às coisas que realmente merecem.
O livro é narrado por um piloto de avião que sofre um
acidente e caí em pleno deserto e conta a história de um principezinho que veio
de um pequeno planeta em busca de respostas e aventuras, fantasias normais de
uma criança, que vê as coisas mais simples da vida com pureza e ingenuidade.
Cada personagem que nos é apresentado na narração é uma verdadeira metáfora. O
pequeno príncipe simboliza o amor e a força inocente da infância que os adultos
esqueceram.
A rosa, linda e geniosa, por quem ele se apaixona e toda o
sua história é metáfora sobre os relacionamentos homens X mulheres, sobre
paixão e amor. Durante sua viagem, antes de chegar ao Planeta Terra, o pequeno
príncipe vai conhecendo alguns personagens, como o Rei, que pensa que todos são
seus súditos, mas que os controla com extremamente sabedoria - “É preciso
exigir de cada um o que cada um pode dar”. O autor faz uma crítica às pessoas
vaidosas em excesso, que dependem de elogios dos outros para sua auto-estima.
Chama atenção aos vícios, ao deparar o pequeno príncipe com um bêbado, que
tenta fugir de sua realidade bebendo, por sentir vergonha dela. O homem de negócios
que o principezinho encontra é um chamado para se aproveitar a vida, já que o
personagem estava sempre ocupado contando suas riquezas e não pode desfrutar a
vida.
Entre outros personagens e metáforas, o que mais gosto é a
Raposa. Ela ensina ao nosso príncipe o valor de uma amizade, o valor do tempo
que se passa com alguma pessoa e que isso a torna especial, fala da necessidade
de se cativar as coisas e que isto significa ter responsabilidades sobre as
mesmas - “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. E dela
também a frase mais célebre do livro “Só se vê bem com o coração. O essencial é
invisível aos olhos”, chamando atenção novamente à necessidade de se agir mais
com o coração do que com a razão, de que o mundo pode ser mais interessante
quando damos vazão aos sentimentos esquecidos na infância.
Confesso que sou suspeita para escrever sobre este livro,
pois é um dos meus preferidos. Procuro ler em diversas fases de minha vida e
sempre consigo tirar algo novo dele. Quem me conhece e que já teve a
oportunidade de pegar o livro emprestado comigo, sabe o que estou falando, há
diversos grifes (coisa que não faço em livro algum) no decorrer de todo o
livro, cada um feito em uma de minhas leituras.
É uma leitura fácil, agradável, que não toma mais que uma
hora de seu dia. Acho que todos devem ler ao menos uma vez na vida. E o melhor,
deixa um final aberto, que, para mim, está dizendo: a partir de agora a escolha
é com vocês: seguir nossa vida como se nada tivesse acontecido ou voltar a acreditar
nos sonhos, no amor e na esperança, como uma criança é capaz de fazer!
(comentários de: autora
desconhecida )
( 2 3 4 r)
Uma boa e linda semana para você...
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